mamografia é a principal aliada no diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que é uma das principais causas de morte em mulheres. Isso porque, o exame revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos — o que agiliza o início do tratamento e favorece o prognóstico.

Aproveitando que em fevereiro é celebrado o Dia Nacional da Mamografia, resolvemos esclarecer as principais dúvidas a respeito. Para saber quando ela é indicada, como é realizada e o que a diferencia da ultrassonografia de mamas, continue a leitura!

Como a mamografia ajuda no diagnóstico precoce do câncer de mama?

A mamografia é o principal exame empregado no rastreamento do câncer de mama. Quando oportuna e efetiva, ela favorece:

  • um melhor prognóstico da doença;
  • tratamentos mais simples e eficientes;
  • menores taxas de morbidade associadas.

Para se aprofundar no assunto, leia: Câncer de mama: tudo o que você precisa saber

Para tanto, deve-se estar conscientes em relação à saúde das mamas. Entre os sinais suspeitos, que merecem ser investigados, destacam-se:

  • quaisquer tipos de nódulos (caroços) mamários, em mulheres com 50 anos ou mais;
  • nódulos que perduram por mais de um ciclo menstrual, a partir dos 30 anos;
  • nódulos mamários de consistência dura e fixos, em qualquer idade;
  • nódulos mamários que aumentam de tamanho, em qualquer idade;
  • lesão eczematosa que não melhora com tratamentos tópicos;
  • inchaço mamário progressivo;
  • pele avermelhada, com aspecto de casca de laranja;
  • retração na pele da mama;
  • secreção sanguinolenta unilateral;
  • alteração no formato do mamilo;
  • presença de nódulos axilares (embaixo dos braços) ou no pescoço.

No caso dos homens, a incidência do câncer de mama é menor. Neles, o principal sintoma da doença é a presença de nódulo mamário palpável.

Caso note alguma dessas alterações, deve-se procurar ajuda médica. O/A profissional irá avaliar o quadro e, se necessário, dar andamento à investigação.

Quando o exame de rastreamento é indicado?

O exame de rastreamento deve ser feito a cada dois anos, sendo indicado para mulheres com idades entre 50 e 69 anos — a chamada população-alvo, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas, muitas sociedades médicas preconizam o rastreamento anual, a partir dos 40 anos de idade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),o impacto na redução da mortalidade em decorrência da doença justifica a realização periódica da mamografia de rotina.

Já para mulheres identificadas com alto risco para o desenvolvimento da neoplasia (com elevada predisposição hereditária ou histórico de radioterapia para tratamento de linfoma de Hodgkin),mas pertencentes às demais faixas etárias, recomenda-se o acompanhamento clínico individualizado. Nesses casos, também existem estratégias de rastreamento pré-definidas para cada caso.

Assim, a mamografia é indicada pelo/a médico (cirurgião oncológico, ginecologista ou mastologista) em quadros específicos. O diagnóstico do câncer de mama, no entanto, é obtido somente após a biópsia, por meio do laudo histopatológico.

Para entender como é o caminho até a confirmação da doença, leia: Como é o diagnóstico do câncer de mama

Qual é a diferença entre a mamografia e ultrassonografia de mamas?

A mamografia é um exame radiológico, onde se utiliza um tipo de raio-x específico para as mamas. Ela é realizada no mamógrafo, um equipamento que as comprime para a obtenção de imagens das estruturas internas.

Apesar de incômoda, a compressão é necessária para que os tecidos das glândulas mamárias sejam, adequadamente, visualizados. Dessa maneira, pode-se identificar pequenos nódulos ainda imperceptíveis à palpação, permitindo o diagnóstico em estágios iniciais da doença. Além disso, a mamografia também é empregada no acompanhamento do tratamento, quando confirmada a neoplasia.

Já a ultrassonografia de mamas, obtida por ondas sonoras de alta frequência, é indicada para o diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças mamárias. Entre elas, inclui-se o câncer de mama.

Entretanto, é importante reforçar que ela não substitui a mamografia. Isso porque, sua aplicabilidade como método de rastreamento para detecção precoce do câncer de mama não possui a mesma efetividade.

Assim, trata-se de um exame indicado para mulheres sem sintomas de problemas mamários, anualmente, a partir dos 25 anos. Pode, também, ser indicada para pacientes com mamas densas, assim como de maneira complementar a mamografias inconclusivas, ajudando a diferenciar cistos e tumores sólidos.

É empregada, ainda, no monitoramento de procedimentos invasivos, realizados para a análise de nódulos suspeitos, bem como para monitorar a resposta terapêutica em pacientes submetidas à quimioterapia. Além disso, é indicada quando é preciso avaliar processos inflamatórios em pacientes que colocaram próteses mamárias há menos de seis meses.

Para concluir, caso seu/sua médico/a tenha solicitado uma mamografia, realize-a o mais breve possível. Como mostrado, quando o câncer de mama é detectado em fases iniciais, as chances de cura aumentam. Além disso, estudos mostram que mulheres que fazem o exame de rastreamento periodicamente são menos propensas a necessitarem de tratamentos agressivos, como a mastectomia.

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